Virgem Dolorosíssima

Mistério da Fé

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          "Eis o Mistério admirável e maravilhoso da nossa fé do Deus-conosco, Deus para nós e Deus por nós. Esta é a beleza redentora do Cristo, é a redenção da beleza da humanidade, desfigurada pelo pecado e a redenção da beleza do amor que salva e que nos deixa numa atitude que assombra, de deslumbramento.

          A Eucaristia não é algo, é alguém. A Celebração da Eucaristia não é teatro, é acontecimento, porque é uma ação do próprio Cristo na Igreja, não é um espetáculo ao qual se assiste dizendo: Deus quer uma meditação silenciosa e recolhida de um acontecimento passado. A Celebração da Eucaristia é uma ação atual, cujo principal celebrante é Cristo, e de que todos nós somos co-celebrantes.

          Na Eucaristia da última Ceia o Mistério de Cristo foi antecipado, na Cruz consumado. Na Ressurreição foi entronizado e em cada celebração é atualizado, tornado Presente pela Presença do Ressuscitado, como diria João Paulo II: "Na Eucaristia Jesus mostra-nos um amor que chega até ao extremo, um amor que não conhece medidas, um amor que dá a própria vida para vida do mundo, do nosso mundo, de cada um de nós". Por isso, a Eucaristia é verdadeiramente o Mistério da nossa fé, por isso, façamos nossa esta grande confissão de louvor por Cristo, com Cristo e em Cristo.

          A participação na Eucaristia expressa de modo pleno na Comunhão.

         Todo significado e toda a grandeza, toda a beleza deste momento da Comunhão, que ocorre neste momento saem muito mais expresso do convite que o sacerdote dirige à assembléia, quando as suas mãos elevam o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

          Felizes os convidados para a Ceia do Senhor. É que nós somos antes de mais convidados, hóspedes, comensários da Ceia do Senhor. E a mesma Ceia que Ele viveu com os Apóstolos no Cenáculo.

         Quem toma parte neste Banquete é feliz, e é feliz porque a Comunhão Eucarística é a porta que faz entrar Cristo em nós e nós em Cristo.

         É a maravilha das maravilhas do Deus-conosco, em que o Coração de Cristo se une ao nosso, e o nosso coração ao Coração de Cristo, para fazer e para viver em comunhão e fazer de nós um povo de comunhão. Verdadeiramente, como o Coro canta; "O Templo de Deus é Santo" e nós somos este templo, porque participamos na Eucaristia, na Comunhão e pela Comunhão é o próprio Cristo que entra e que faz unidade com cada um de nós.

          Sobre a Eucaristia e sobre a Comunhão, leva-nos a concluir que Deus efetivamente nos ama. Mostra-nos quanto Deus nos ama. Por amor se fez homem, por amor morreu na Cruz, por amor se fez Pão. O seu Amor é grande, é eterno.

        A Comunhão estabelece entre nós e Deus uma intimidade profunda e forte, para lá do laços da amizade, tornamo-nos um em Deus. Ele habita em nós e nós ficamos N’Ele. "Vós sereis meus amigos se fizerdes o que Eu vos mando".

Trechos da Santa Missa celebrada pela Eminência Cardeal Arcebispo de Sevilha/Espanha,

Dom Carlos Amigo Vallejo - em 12/10/2005 Fátima/Portugal.

 

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