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A VIRGEM DE GUADALUPE
RAINHA DO MÉXICO E IMPERATRIZ DA AMÉRICA
“Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira das Américas, é também padroeira do Brasil – e de um modo todo especial, pois o céu que figura em seu lado esquerdo (do coração) é o brasileiro”.
A LINGUAGEM ATRAVÉS DOS SÍMBOLOS
Guadalupe significa,
A que vem do Oriente como o Sol,
procede da região da Luz,
como a “Águia de Fogo”.
...“ A Virgem estava rodeada de raios dourados que formavam um halo de Luz brilhante.
Estava vestida de sol, do Sol da justiça, grávida da Luz do mundo”...
Os indígenas eram homens religiosos por excelência e sempre estavam atentos aos sinais que entendiam como mensagens de Deus.
No dia, 12 de Dezembro de 1531, dia da formação da imagem no Manto de Juan Diego, haviam 4 grandes sinais:
-
Cometa Halley - Solstício de Inverno
-
Conjunção Sol-Vênus - Tanto Vênus ( Quetzalcoátl ) como o Sol ( Tonatiuh ) eram símbolos de Deus. Na conjunção Sol-Vénus desse dia, observou-se uma plenitude de simbolismo divino.
-
O retorno de Vênus - O planeta Vénus somente a cada 8 anos retorna junto com o Sol. Os indígenas interpretavam como o retorno de "Quetzalcoátl", o "Deus-homem", representado por Vénus.
Os antigos povos indígenas do México transmitiam a memória de sua história de geração em geração por meio de poemas e cantos, que ao ser transmitidos por meio de figuras e símbolos em papel ou peles, formavam os chamados códices.
Nesta Imagem, a Virgem de Guadalupe utiliza os sinais e símbolos, os códices, o conhecimento indígena, de modo que eles pudessem entender facilmente a mensagem sutil, respeitando a cultura e, com a delicadeza e o cuidado de Mãe Amorosa.
A profundidade da mensagem contida na Imagem de Guadalupe, é tão grandiosa que se faz necessário conhecer o significado básico dos símbolos presentes;
Os raios – O sol para os astecas, era o símbolo maior da divindade. A Virgem
estava rodeada com raios do sol que formava um halo de Luz brilhante, dando a en-
tender que o sol está atrás Dela. Portanto, assim vestida e estando grávida de um Ser
Divino, tendo o sol nascente atrás de Si, anunciava que o Filho que está no Ventre é o
Filho de Deus - a chegada de Jesus Cristo - a Luz do sol, e é Ele que irá crescer para
iluminar todos os povos.
Os raios de sol em forma de flecha e uma aura luminosa, como se saíssem do
Seu Ventre indicavam a elevação espiritual.
Era o “ollin Tonatiuh” (Sol em movimento), e que a Virgem irradiava o bem de
toda a Criação. Por isso, Ela Estava vestida de sol, do Sol da Justiça, grávida da Luz
do mundo, do Deus verdadeiro.
O Rosto – É a única parte da imagem que não é totalmente índia. Seu
rosto ovalado é de uma jovem, recém-saída da adolescência, em atitude de
profunda oração, refletindo amor e ternura, a pele morena própria dos nati-
vos, mas com traços europeus. Numa época em que não havia mestiços, a
Virgem de Guadalupe anuncia o nascimento de um novo povo: o povo
mexicano, que surgiria da miscigenação entre índios e espanhóis.
Entre os indígenas, olhar de frente era ofensa, por isso Ela não está
olhando de frente, mas com a cabeça inclinada, “itla toloa” isso significa em
náhuatl “Ela está falando sobre isso”, diz que não somos seus escravos, que
sempre está pensando em nós e que nos ama.
Os Cabelos – Tem os cabelos soltos, para os astecas é sinal de virgindade. É Virgem e Mãe.
As Mãos – Suas mãos estavam juntas em sinal de recolhimento e oração.
A direita é mais branca e a esquerda é mais morena, significando a união das raças.
Chave entre as Mãos – a oração é a chave para o Céu.
Coração nas costas da mão – o Coração Imaculado de Maria, como representamos, com
chamas. Somente nas aparições de Guadalupe e Fátima esse sinal apareceu, o que mostra que são
eventos relacionados, ligados.
O Broche – O jade do pequeno broche que Maria traz no pescoço, é símbolo de beleza e de riqueza para os índios.
A Cruz negra no colarinho – diz que o Ser Divino em Seu Ventre, vai nascer, iluminará os povos e será morto numa Cruz e Ressuscitará para a salvação de todos. Também A identifica com os missionários espanhóis da época.
O Cinto – O cinto negro localizado acima do ventre simboliza a maternidade e é
um detalhe da vestimenta que a define como uma mulher nobre.
Nessa Imagem a Virgem destaca a gravidez, constata-se pela forma aumentada
do abdômen, onde se nota uma maior proeminência vertical que transversal.
O cinto cai em 2 extremos trapezoidais que na cultura Náhuatl (asteca) representa o fim de um ciclo e o nasci-mento de outro. A Imagem simbolizava que com o Filho do Ventre (Jesus Cristo), se iniciaria uma nova era tanto para o velho como para o novo mundo.
O cinto terminado em ângulo e caindo para frente faz referencia ao de cingir-se assim, os deuses e as deusas, ou seja, somente os deuses e deusas usavam os cintos assim.
A Túnica – “rosada ou avermelhada” evoca a aurora ou o entardecer; é a cor de“Tonatiuh” e de “Yestlaquenqui”, nomes diversos do sol. Tem o desenho de uma pequena flor de quatro pétalas e o de um grande botão de flor parcialmente aberto sobre um grosso talo, que significa a insistência da mensagem e remata com uma grande folha em forma de Tepétl (forma de falar e cantar em códices, significa uma mensagem universal para a humanidade) e vários outros tipos de flores. É o símbolo do Monte Tepeyac e significa “no nariz do monte”, que durante certas épocas do ano se enchia de flores silvestres. Cada flor nasce numa determinada região e indicava que a Virgem de Guadalupe é Mãe de todos os povos, de todas as regiões.
Os desenhos dos adornos florais nascem do Manto da Virgem, significa o Céu, como pintam os tenochcas, significa um rio que sulca os campos para regá-los e produzir alimentos, dando vida. As folhas e flores que saem do desenho são o símbolo do fogo novo Atl-Tlachinolli “Água queimada”, uma das metáforas da guerra. Este símbolo significa o passado, porque ali surge um povo novo, guiado pela Virgem Mãe de Ometeótl, triunfadora da guerra que não destrói.
As figuras cor de ouro, metal Divino, indicavam mensagem Divina com flores.
A Flor – A flor de 4 pétalas, a “Nahui Ollin”, para as antigas culturas Astecas é o símbolo
principal e máximo da Imagem, representava a Presença de Deus, a plenitude, o centro do
espaço e do tempo. Representa o Menino Sol.
A flor estampada sobre o Ventre significa “o lugar onde Deus habita”, ou seja, con-
firma aos indígenas que Ela, a Virgem de Guadalupe, estava grávida de um Ser Divino. Ela é a
Mãe do Verdadeiro Deus.
O modo como estava exposta formava o símbolo de Omeyocan (a morada de Deus - Pai e Mãe), dizia para o indígena que a Virgem trazia consigo o nascimento de Cristo. A Mãe do Menino Deus Sol O trazia para que nascesse aqui, na América.
Flor de 8 pétalas – Há flores de 8 pétalas que são oito conjunções do Sol e Vênus, que coincidiam a cada 104 anos solares que equivalem a 65 anos de Vênus. O ano sagrado de 260 dias, o ano solar de 365 dias e o ano de Vênus de 584, os três calendários coincidiram com a chegada da Virgem de Guadalupe e com esta data de 12 de dezembro de 1531 o homem e o universo se encontravam para começar de novo.
A Lua – Os astecas veneravam Quetzalcoatl (deus serpente de pedra), representado por
uma lua encrespada e a lua negra representava todas as forças do mal. A Virgem mostra que
pisa sobre o mal graças ao Poder que recebe de Seu Filho Divino no Ventre, portanto
Ela é mais poderosa que seu deus de pedra e com os Pés firmemente apoiados sobre o meio
da lua, dizia que Ela esmagava o deus deles.
A Virgem está dando um passo sobre a Lua e Ela sendo um Sol e dançando fertiliza e produz a vida com as diferentes estações e com uma nobreza que não é escravizante, dá o apoio do sexto Sol ao povo do México.
A palavra México em Náuhatl é "Metz-xic-co” significa no centro da lua. A Lua “éxico-Tenochtitlan”, também é símbolo de fecundidade, nascimento e vida.
O Manto Azul turquesa – Cor sagrada para os Náuhatl (astecas),
próprio dos nobres e Príncipes - era sinal de realeza e virgindade. Era
a cor que as deusas vestiam. Os índios viviam sob as estrelas e aqui Ela as
vestia, mostrando que Seu Deus é mais poderoso, Criador das estrelas.
O Anjo - Um anjo está aos pés da Imagem. Representa o povo do sol, um
guerreiro do Exército do Sol com asas de águia, assimétricas. Os tons são pareci-
dos com os do pássaro mexicano "tzinitzcan" (Beija-flor), que Juan Diego ouviu e
viu anunciando a "Aparição" da Virgem de Guadalupe. As vestes da Virgem tem as
cores da plumagem da águia.
A iluminação do Anjo vem do corpo da Virgem Maria, iluminando sua cabeça e braços. Ele tem as mãos para cima, assim os indígenas representavam os deuses; com uma mão segura o Manto e com a outra a túnica, com isto comunicava (ligava) a terra com o céu, dizia que Ela era uma Deusa que unia o Céu e a terra.
Cabelos do Anjo – Uma das características dos “macehuales” (gente do povo) era o corte dos cabelos; isso significava “ser merecido pelo sangue de Deus”. Os batizados usavam cortes com diferentes estilos e rasuras para diferenciar a classe social e os de ordens religiosas eram tonsurados.
As nuvens – Para os Tenochcas, as nuvens que rodeiam a imagem, as associam com a altura, a elevação do espírito
e anunciam o Divino. “A chegada da Nova Era” em que Ometéotl desce ao México, de onde “O Verbo se fez carne e habitou entre nós”, efetivamente a chegada de Jesus Cristo Filho de Deus.
As cores – As cores e luminosidade do Rosto, das Mãos, da Túnica e do Manto modificam-se e parecem ser efeito da refração da luz, semelhante ao que acontece nas penas de certos pássaros ou nas asas de algumas borboletas. Tal efeito não poderia ser conseguido por técnicas humanas na época e nem nos dias de hoje.
Outros sinais que representam: o Espírito Santo; Abraão; os Reis Davi e Salomão; o profeta Daniel; apresentação do Menino Jesus no Templo; a Última Ceia; um rosto de 2 caras (Judas e o demônio); agonia de Jesus no Horto; flagelação de Jesus; a Sagrada Face.
As Estrelas no Manto – No Manto estão representadas as estrelas mais brilhantes das
principais constelações visíveis do Vale de Anáhuac na terça-feira, 12 de Dezembro de 1531.
Os índios viviam sob as estrelas e aqui e a Virgem as vestia.
De acordo com o Dr. Juan Homero Hernández Illescaz se comprova, com exatidão, que
no Manto da Virgem de Guadalupe, estava reproduzido o céu da manhã do Solstício de Inverno
de 1531, de acordo com o calendário Juliano ou 22 de Dezembro do calendário astronômico
que usavam os indígenas.
Solstício de inverno - (Do latim solstitiu) aos 2 momentos, no verão e no inverno, nos quais
a terra se encontra mais distante do sol em sua órbita. Época em que o Sol passa pela sua
maior declinação boreal ou austral, e durante a qual cessa de afastar-se do equador.
Na foto, as principais constelações visíveis do Vale de Anáhuac no dia 12/12/1531
Para eles, o solstício de inverno era o dia mais importante do calendário religioso, significava que o sol enfraquecido recobrava o vigor, o retorno da vida onde o sol vencia as trevas e ressurgia vitorioso.
“A Virgem de Guadalupe aparece completa no firmamento, para oferecer,
com Seu Manto Celestial, proteção para todo o mundo.
Não é casual que precisamente neste dia ocorresse tão grandioso milagre”.
Dr. Juan Homero Hernández Illescaz.
Nesta foto vemos as constelações com a exatidão da localização, comprimidas e mantidas as mesmas proporções das estrelas presentes, sobrepostas à imagem da virgem de Guadalupe
As constelações sobrepostas que incidem na cabeça e no corpo da imagem também trazem significados:
Coroa Boreal - Esta constelação, pela sua posição na imagem, indica a Coroação
de Nossa Senhora de Guadalupe como Rainha e Mãe de Deus.
Leão - A civilização pré-hispânica no México chamavam a constelação de Leão de "Nahui Ollin",
que era o centro do universo físico e religioso das culturas meso-americanas.
A Virgem na figura está grávida e traz em Seu Ventre, Jesus, Centro da vida.
Virgem Gêmeos Orion Ofiuco Libra
Escorpião Cruzeiro do Sul Centauro Lobo Hidra
Sírio Boieiro Ursa Maior Cabeleira de Berenice Lebre
Dragão Cocheiro Touro
Proporção Dourada - A proporção dourada é formada por um quadrado que se junta a um retângulo, para formar
um espaço onde o lado menor corresponde ao maior numa relação de 1 a 1,6118 denominado número áureo.
A proporção dourada se encontra em todas as manifestações de arte desde a
Mesopotâmia, Egito, Grécia, Roma até nossos dias.
É usada na escultura, na arquitetura e na pintura.
É também observada nas diferentes partes do ser humano, nos animais, plantas
e fósseis.
Também pode ser observada no microcosmos (nas formas em que se agrupam os
os átomos) e no macrocosmos (galáxias).
A proporção dourada é um padrão universal e intemporal de perfeição, equilíbrio, balanço, elegância, delicadeza e beleza. Ao analisar a imagem original da Virgem de Guadalupe, encontramos o quadrado da proporção dourada.
A partir deste, aparecem mais quadriláteros e retângulo em toda a figura, assim como formas verticais e horizontais simétricas.
De maneira maravilhosa, justamente no Ventre da
Virgem Morena, se encontra, com base no teorema de
Pitágoras e em muitos outros símbolos derivados da
proporção áurea, a "Nahui Ollín", uma flor (náhuatl) de 4
pétalas, que para as antigas culturas mesoamericanas
representava a Presença de Deus, o centro do espaço e do
tempo. Com a "Nahui Ollín" em Seu Ventre, a Virgem de
Guadalupe confirma aos indígenas que é a Mãe do Deus
Verdadeiro, Jesus Cristo.
É precisamente a parte mais importante do poncho
de Juan Diego.